[Resenha] Convergente


Uma escolha irá te definir. E se todo o seu mundo fosse uma mentira? E se uma única revelação - assim como uma única escolha - mudasse tudo? E se o amor e a lealdade fizessem você fazer coisas que jamais esperaria? A conclusão explosiva para a trilogia Divergente, bestseller mais vendidos do New York Times, revela os segredos de um mundo distópico que cativou milhões de leitores em "Divergente" e "Insurgente"!




Esse é o terceiro livro da trilogia Divergente, portanto haverá SPOILERS dos outros dois livros.

Acabei de ler Convergente. Estou buscando as palavras para escrever o que senti lendo tudo, acho que ainda estou assimilando os fatos que acabei de ler, para falar a verdade.

Como vimos no final de Insurgente, a história envolve muito mais coisa – muito mais pessoas – do que só aquela pequena cidade de Chicago. Quando terminamos de ler o segundo livro, só uma pergunta paira no ar: o que realmente está acontecendo no mundo lá fora? No mundo além da cerca, além do território que envolve aquela briga entre as facções e os sem-facções?

Essa pergunta não demora o livro todo para ser respondida, mas a nossa curiosidade chega a ser gritante, tal qual a dos personagens que narram esse livro. Desta vez não é só a Tris o nosso foco, a nossa visão dos fatos. Temos a oportunidade de entrar na cabeça de Tobias também e descobrir o que ele pensa a respeito de tudo a sua volta.

Sobre Tobias, devo abrir um parágrafo aqui para dizer algo que já devo ter dito anteriormente em Insurgente: ele não conseguiu me cativar. Eu gostava do Tobias no primeiro livro, aquele personagem misterioso e até mesmo sexy, extremamente corajoso que você acha invencível... mas parou por aí. Em Insurgente me decepcionei com algumas atitudes dele, fiquei confusa, sem entender porque ele estava agindo daquela forma... e em Convergente ele repete seus erros de Insurgente, o que, honestamente, me fez ficar com raiva. Eu pensava "poxa, Tobias, ainda não aprendeu com seus erros?". Os capítulos dele não são tão interessantes como da Tris, achei sua visão mais fraca, mas a história estava com tantas novidades, tantas coisas a se descobrir, a se resolver... que eu não consegui ficar "travada" na leitura por conta de nenhum capítulo do Tobias, apesar de tudo.

“Eu estava certa. Eu estava certa e você não quis ouvir. De novo”

Mas ambos os personagens curiosos, cheios de incertezas e medos, decidem enfrentar o mundo lá fora, ajudar seja lá quem for, como fora orientado pelo vídeo que viram de Edith Prior.

Há essa altura do campeonato (que nem é na metade do livro ainda) eu já estou roendo as unhas me perguntando o que diabos eles vão enfrentar. Juro que por um momento cheguei a considerar até os zumbis. Isso para você ver o meu nível de teorias absurdas que se formavam em minha cabeça (OBS: não tem zumbis no livro).

Mas logo essa pergunta nos é respondida, e podemos ver que na verdade o problema de Tris e Tobias só está começando. Na verdade, o problema é enorme, grande demais para ser consertado facilmente. E por não só um segundo, mas durante mais da metade do livro, penso que eles não vão conseguir. Não vão conseguir ajudar a acabar com a crise dentro de Chicago e fora dela.

Não vou dizer se conseguem ou não, mas basta dizer que se esperam um final feliz desse livro, simplesmente desistam.

Não quero desanimá-los e falar que é uma droga, porque não é.

A história trata de termos como humanidade que vão muito além do que eu imaginava. Nos mostra outros tipos de preconceitos, nos mostra o que é realmente ser um divergente e como a diferença entre eles e a sociedade normal é ridícula (embora nem todos enxerguem isso na história). Ok, eles podem ser imunes a alguns soros, como o da verdade e aqueles de ilusão, mas acredite, isso é tudo. Não é motivo para serem tratados como pessoas especiais nem nada demais.

Acho que o que estou querendo dizer, e o que o livro quer dizer, é que ninguém é imune a um tiro de bala, ninguém é imune a uma tortura (física), ninguém é imune, principalmente, a morte. Todos são iguais aí. E mortes nesse livro são necessárias para mostrar isso.

Sim, a Veronica Roth, desde o primeiro livro, Divergente, mostra que não se importa em sacrificar alguns de seus personagens. Mostra que em uma guerra, muitos vão cair, não importa se for inimigo ou não. E isso prevalece até Convergente, onde nos vemos sofrendo muito com a morte de personagens que consideramos nossos favoritos. Mas não devemos ficar com raiva, nos revoltar nem nada do tipo, temos que compreender isso. Ok, eu fiquei muito triste e ainda estou, mas entendo. Entendo porque a Veronica quis fazer isso.

Na realidade, desde o começo você pode observar que é característica da Veronica não fazer nenhum personagem completamente "certinho". A Tris é cheia de dúvidas, já cometeu erros e o tempo todo fica tentando se descobrir, descobrir onde pertence e tudo o mais. Assim como ela, nós podemos falar sobre seu irmão também. Caleb nos desapontou em Insurgente, ficamos sem entender suas atitudes, mas dá para perceber que ele não é uma pessoa totalmente ruim, só tomou caminhos errados, ações erradas, mas ele ama sua irmã, e no fundo, acho que se sente tão culpado quanto ela ficou depois de ter matado Will. Nenhum personagem tem atitudes corretas do começo ao fim da obra. Por que? porque eles são humanos, humanos que como todos nós, estão suscetíveis a erros.

"Posso ser perdoada por tudo o que fiz para chegar aqui? Eu quero ser. Eu posso. Eu acredito nisso." 

E apesar de eu estar triste com todas essas mortes e de o livro não terminar com um “felizes para sempre” e todo cheio de purpurina e casais felizes, se casando e etc... Eu consigo gostar do final. Consigo achar que essa foi uma conclusão bem realista para uma obra desse porte.

Não gosto de comparar a trilogia Divergente com outros livros, mas deixem-me citar um aqui que vocês já devem ter cansado de ouvir falar: Jogos Vorazes. Jogos Vorazes, para quem leu até o final (não soltarei spoilers, fiquem tranquilos), não tem um final muito favorável a protagonista, não tem um final extremamente feliz, mas independente disso... feliz dentro das circunstâncias que foram adquiridas devido aos atos que os personagens tomaram. Quero deixar claro aqui que a única coisa realmente parecida entre essas duas sagas é que elas são distopias, compará-las e ficar dizendo qual é melhor que qual é ridículo, porque elas seguem um enredo completamente diferente um do outro, eu só usei como exemplo o final de A Esperança.

Acho que na realidade, um livro não precisa de um final feliz, de uma conclusão que te faça suspirar, para ser bom. Um livro para ser bom, precisa de uma história boa, uma história que te faça viajar, te faça se sentir parte dela e que traga alguma mensagem boa para você. E foi isso que Convergente me trouxe.

Eu, honestamente, estou satisfeita com o que li. Gostaria que tivesse sido diferente? Sim. Mas não podemos mudar a vida, e a vida não é perfeita, mas não é por isso que não devemos deixar de apreciá-la. Há belezas nela e essas belezas que a fazem ser inesquecível e única.

A trilogia Divergente é assim.

Se você tiver a oportunidade de ler, leia. Infelizmente gostaria de falar mais sobre o enredo, mais do que falei aqui, mas não posso. Qualquer mínima coisa que fale, além disso, será considerado spoiler, pois a partir do final de Insurgente, nós já sabemos que toda a história irá tomar um rumo diferente, seja para os sem-facção, para os que estão se aventurando para fora da cerca... para todos.

“Vou dizer pela última vez: seja corajoso”


Leia de mente aberta, Veronica Roth fez um ótimo trabalho que merece ser apreciado.


Perfeito!!!


6 comentários:

  1. Oi, tudo bem?

    Eu não li nenhum dos livros ainda, mas vou começar a ler o primeiro essa semana, pois quero ir ver o filme.

    Beijos.

    http://livrosleituraseafins.blogspot.com.br/

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  2. Cada vez que vejo algo dessa série de livros só penso "Ok! TENHO que ler RSrs"
    Bjs
    http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/

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  3. Concordo contigo, um livro não precisa de felizes para sempre para ser bom. Tive este mesmo sentimento quando terminei a série Beijada por um Anjo. Esta trilogia eu ainda não conheço.
    Bjs, rose

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  4. Ainda nem comecei a ler Divergente, acredita?
    Mas é uma "distopia referência" e eu amo distopias, o que significa que eu preciso ler, urgentemente!!! Não li a resenha com medo de spoilers.

    memorias-de-leitura.blogspot.com

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  5. Infelizmente ainda não li nada dessa série
    Mas amei essa sua resenha super empolgada

    Beijos
    @pocketlibro
    http://pocketlibro.blogspot.com

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  6. Oi adorei sua resenha, simplesmente fantástica....mas vc já leu o livro reverso escrito pelo autor Darlei... se trata de um livro arrebatador...ele coloca em cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos.....e ainda inverte de forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos; Além de revelar verdades sobre Jesus jamais mencionados na história.....acesse o link da livraria cultura e digite reverso...a capa do livro é linda ela traz o universo de fundo..abraços.

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