[Resenha] Apátrida

"Uma pequena vila na Polônia. Uma menina repleta de vida. Um encontro. Vidas Ceifadas. Sonhos Destruídos. Infâncias roubadas. As recordações da personagem Irena amarram o leitor na História do Século XX. Baseado no estudo dos fatos que marcaram a época, o palco da narrativa é a conturbada Europa pós Primeira Guerra Mundial, culminando com a eclosão da Segunda Grande Guerra e a destruição que ela provocou na vida de milhões de pessoas.
Irena nasceu na Polônia, no entre Guerras mundiais. Cresceu sob a turbulência política das décadas de 20 e 30 do século XX. Encontrou na primavera de sua vida um grande amor e amigo. Este permeia a sua existência. A guerra, a religião e as conturbações sociais mudariam seu destino e a empurrariam numa avalanche de acontecimentos que a tranformariam de menina em sobrevivente..."






Quando faço uma resenha prefiro deixar que a sinopse conte a história e apenas falar sobre os meus sentimentos em relação ao e as personagens, portanto, não irei dar nenhum detalhe contado na história, apenas retratarei as coisas de formas simples e supérflua, falarei todos os impactos que o livro causou no meu coraçãozinho.

O livro é grande, mas, sua narrativa é simples e agradável, além de ser contagiante. Você simplesmente começa a ler e não consegue parar, porque você precisa saber o que vai acontecer nas próximas páginas, precisa saber o que vai ser da Irena, personagem principal, e seus vários amores, suas dores, suas perdas, suas frustrações... seus reencontros. Sua família. Você apenas precisa saber! 

E mesmo quando você sabe o que pode acontecer, não sabe se um dia a dor será curada ou esquecida. Na verdade, até sabemos que não, mas, no fundo você deseja que sim, deseja que pelo menos em algum momento, a esperança esteja presente, a esperança aconteça e vire verdade. 

É um livro que de certa forma mexe bastante com o seu interior. É até estranho, porque você realmente se coloca no lugar das personagens e passa a pensar se naquela situação, você agiria de tal maneira. Se realmente é tão difícil como tudo parece ser, se as pessoas foram realmente egoístas pensando em salvar suas próprias vidas... é um livro que te leva a refletir indiretamente. E eu gosto muito disso. Disso e da segunda guerra mundial. 

Reflexão + romance + 2ª guerra + narrativa atraente + capa perfeita + personagens impecáveis + mortes inexplicáveis e inaceitáveis = Apátrida. 
Ah, sabe, tem muitas cenas que te comovem, principalmente depois que você cria um apego fortíssimo por certas personagens como Rurik e o filho de Irena, o pequeno e grandioso Jan (minhas personagens favoritas!).

O desenrolar da história é incrível, principalmente depois que você pega o ritmo! 
Ah, alguma coisa no livro Apátrida chamou minha atenção, me atraiu mesmo. E acho isso ótimo, porque fazia muito tempo que não lia um livro do jeitinho que gosto, que é envolvendo todo esse mundo verdadeiro e diverso de Apátrida. 

Fico pensando quantas vidas e até mesmo famílias encantadoras foram embora depois dessa Guerra. Porque perder gente especial é triste e perder as personagens de apátrida foi mais triste ainda, porque de certa maneira, cada um tem alguma característica que conquista seu coração, mesmo depois de ter muito ódio por algumas personagens, você passa a amá-las. E é como se você tivesse conhecido aquelas pessoas, sabe?! É fantástico, pelo menos para mim foi, haha.

Uma parte que chamou minha atenção foi a das crianças. Matavam todas sem dó nem piedade e isso realmente fazia com que eu ficasse triste. Afinal, elas não faziam a mínima ideia do que estava acontecendo e sequer haviam vivido direito. Sei lá, sinto muita raiva quando mexem com crianças e animais. MUITA RAIVA e tristeza também ):
Enfim, o livro é ótimo. Quando ele acaba você pensa: okay, eu não sobreviveria a todo esse sofrimento. E a verdade é que nem a Irena aguentou, mas, ela continuou pelos seus filhos e achei isso lindo!!!! 

Eu indico o livro e valeu muito a pena ter participado do Booktour, espero que a Ana faça mais livros desse nível, gostei bastante, lindo lindo! 
Ah, preciso destacar mais uma coisa: a autora trabalhou bastante com sentimentos e eu admiro muito isso. É, sei lá, adoro livros onde os sentimentos das personagens são bem trabalhados. Realmente adoro demais! 

Outra e última coisa: prefiro o Rurik ao Jacob... chorei bastante por causa dele!
Okay, essa é a última: estava eu conversando com o Robledo no facebook e chegamos a conclusão de que a primeira parte é cansativa, meio desnecessária e beeeem estranha, além de ter muitos erros de digitação. Porém, depois da parte que aparece uma cena com o Rurik, o livro melhora bastante e você fica com ele até acabar. Sério, fica bem emocionante. 
E como eu disse para o Robledo, era o livro que eu estava procurando no momento que o li. Portanto, gostei bastante e por isso meio que ignorei os erros. Afinal, a história e os sentimentos são bem lindos e tristes. Bem, fui comovida pelo enredo e tudo o mais. 
"- Acho que tem alguma coisa errada no meu documento. Nasci na Polônia. Meus pais e avós, por século, são poloneses. No passaporte, na minha nacionalidade, está escrito: Ápatrida. O que quer dizer isto?O moço respirou, irritado. Parecia uma pergunta recorrente. - Quer dizer que a senhora, daqui por diante, não tem pátria."

Classificação:
Muito bom!!

Enfim, é isso! Leiam o livro e digam o que acharam!