Após iniciar sua jornada ao lado de um grupo de anões e de Gandalf (Ian McKellen), Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) segue em direção à Montanha Solitária, onde deverá ajudar seus companheiros de missão a retomar a Pedra de Arken, que fará com que Thorin (Richard Armitage) obtenha o respeito de todos os anões e o apoio na luta para retomar seu reino. O problema é que o artefato está perdida em meio a um tesouro protegido pelo temido dragãoSmaug (voz de Benedict Cumberbatch). Ao mesmo tempo, Gandalf investiga uma nova força sombria que surge na Terra Média.
Ok,
antes de iniciar totalmente esse cinebook, preciso deixar claro que ele vai ser
um pouco diferente dos outros. Haverá SPOILER não só do primeiro filme, como desse
mesmo e do livro (não consegui me conter, não deu mesmo, me desculpem). Então,
se você não quiser saber o que acontece, pare por aqui e vai ler o Cinebook
abaixo, sobre O
Lado Bom Da Vida feito pela Mayara.
Passado o aviso, vamos lá!
Eu li O Hobbit em 2012 quando o primeiro filme estava quase sendo lançado. Eu tinha o livro faz um tempo, e apesar de estar muito velho e em português de Portugal, mesmo assim arrisquei na leitura. Não é um Senhor dos Anéis, mas eu gostei bastante. Nós vemos neste livro a aventura do tio do Frodo, Bilbo. Até vemos como ele conseguiu o Um Anel, encontramos Golum e tudo o mais. A história tem um ar mais infantil, que ao adaptar para filme, decidiu se tornar algo mais sério.
Não vou ficar comentando muito aqui o primeiro filme, depois faço um Cinebook reservado para ele (ounão), mas o que basta saber é que eu realmente gostei do primeiro filme de O Hobbit. Antes de vê-lo, eu tinha algumas duvidas sobre como ficaria, apesar de usarem o mesmo diretor de Senhor dos Anéis. Desde o começo sempre achei três filmes para um simples e curto livro de Hobbit, uma coisa muito exagerada. Mas quando vi o primeiro filme, deixei isso um pouco de lado. Eu gostei, achei que ficou bem adaptado, acrescentaram algumas coisas, mas nada que alterasse muito a história em si.
E então, pelo primeiro filme ter sido muito bom, pela
direção ser do Peter Jackson e o trailer ser enlouquecedor, eu me vi muito
empolgada para o segundo filme. Criei uma expectativa realmente muito alta,
ainda mais depois de saber que meu personagem preferido, o Legolas, iria
aparecer.
Mas acho que minha expectativa foi alta demais. Quando saí
do cinema, saí um pouco desapontada.
Muitas coisas mudaram. Acrescentaram muitas cenas, e rolou
algumas incoerências. Enfim... não era o que eu estava esperando quando comprei
meu ingresso, quando finalmente entrei para dentro da sala de cinema quase
saltitante.
Uma das coisas que posso dizer honestamente que gostei foi
da aparição do Legolas. Ok, eis uma diferença clara do livro para o filme. Ele
não aparece em nenhuma parte do livro, MAS foi totalmente compreensível
aparecer no filme, pois os anões vão para a floresta das trevas, são capturados
pelo elfo que é rei da floresta das trevas... que é o pai do Legolas. Quando eu
estava lendo esta parte do livro, realmente fiquei esperançosa, pensando que o
Legolas iria aparecer ou ser mencionado a qualquer momento, infelizmente isso
não aconteceu, mas aconteceu no filme, e se encaixou perfeitamente bem.
O que me desagradou durante boa parte do filme foi o
triangulo amoroso que se formou. Ah! Eu ODEIO triangulo amoroso! Kkk e nesse
filme odiei ainda mais. No livro não tem romance, nada! E no filme Peter
Jackson resolveu colocar uma elfa capitã de guarda chamada Tauriel. Fica claro
que Legolas sente algo por ela desde o começo, e fica claro que o anão Kili
também gosta dela. E depois de certa parte da história, ela se mostra
interessada pelo anão. Tipo... ah, eu nem consigo expressar direito a minha
raiva com isso. É algo totalmente sem noção!!!
Muitas pessoas ficaram falando que é legal um elfo e um
anão, espécies diferentes se apaixonarem. Não cara! Na Terra Média criada pelo
Tolkien, anões e elfos são completamente diferentes, além de que não são
amigos, são inimigos. Ele deixa claro que já houve tempos em que a aliança
entre as duas espécies era tranquila, mas eles não gostam um do outro, e sem
dúvida muito menos são apaixonados um pelo outro! Achei estranho e não parei de
reclamar com a minha amiga que deve ter se arrependido de ter ido ver o filme
comigo.
Mas ok, passado isso, relevado isso (eu não relevei), vem a
cena do lago que dura absurdamente. Lá conhecemos um personagem importante na
história que é o Bard (Luke Evans). Eu gostei da introdução dele, apesar de
algumas coisas me deixarem meio confusa, como o fato de ordenarem sua prisão
(depois dos anões serem aceitos na cidade) sem nenhuma acusação coerente.
Algumas coisas foram forçadas demais, outras, cenas que não
precisavam estar ali foram inseridas, como do Kili sendo envenenado pela flecha
do orc e a Tauriel indo curá-lo. Desnecessário, nada disso tem no livro. Aliás,
isso é mais para querer imitar Senhor dos Anéis. Essa foi outra coisa que notei
bastante. Como o Peter Jackson quis imitar alguns fatos de Senhor dos Anéis.
Esta do Kili se ferindo é uma delas, outra é o Gandalf que está lutando contra
o necromante (outra cena que odiei, aliás), ele bate o cajado forte no chão e
diz uma frase de efeito (que nunca vai superar o “you shall not pass!”), e
temos também o Alfrid (tive até que pesquisar qual era o nome dele, já que não
tem no livro) que é uma imitação do Língua de Cobra (que não funcionou).
Enfim, foram muitas, muitas, referencias a Senhor dos Anéis,
é como se quisesse repetir certas cenas de efeito da trilogia, mas
sinceramente... não deu certo. Só de ter o Legolas ali, o Gandalf (e o anel) já
seria o suficiente para mim, como fã, ficar satisfeita. Só isso já faz uma
ponte para a outra trilogia.
Agora, aproveitando que mencionei o Gandalf. No livro diz
que ele luta com um necromante (que foi comprovado que é Sauron, apesar de não
ser mencionado seu nome nem nada disso), no filme ele já fala que é o Sauron e
já deixa o Gandalf na maior pilha, com medo que ele esteja retornando, com medo
do Um Anel, com medo do poder dele estar crescendo cada vez mais. Isso é
desnecessário, pois no Senhor dos Anéis, ele nem faz ideia de que aquele anel
do Bilbo é de fato o Um Anel de Sauron, ele só fica sabendo muito tempo depois.
Entre O Hobbit e Senhor dos Anéis se passam o que? Uns sessenta anos, por aí! Acho
que não precisava falar aquilo do Sauron, ele não estava muito forte ali,
praticamente ninguém sabia da sua existência ainda, ele quase não existia.
Ok, sei que estou reclamando DEMAIS! XD Mas não é que eu
odiei o filme, eu realmente fiquei desapontada, porque esperava algo muito
melhor. E pensando por isso, poderiam ter feito muito bem somente dois filmes
de três horas, muito bem feitos. Três filmes ficou muita coisa. E o segundo
filme foi muita enrolação, eles deixaram praticamente tudo para ser finalizado
no terceiro. Vai acabar sendo uma correria absurda. Deixaram o Legolas caçando
os orcs em aberto, ou seja, ele deve aparecer no próximo. Deixaram a luta do
Gandalf também. E principalmente: deixaram o dragão Smaug indo para a cidade em
que ele ainda vai destruir. Quer dizer, ele poderia muito bem ter fechado este
arco do dragão Smaug agora no segundo filme, e deixar para o terceiro somente a
batalha final, as consequências dos anões terem conseguido os tesouros, a
montanha. Não precisava deixar tudo em aberto, deixar todas essas pontas
soltas. Diante disso, eu realmente não sei o que esperar do terceiro e último
filme de O Hobbit. Não sei como vão conseguir finalizar tanta coisa, visto que
poderiam ter colocado a maioria em A Desolação De Smaug (e assim retirar aquele
tanto de cena desnecessária).
Mas ah, sim, também tiveram coisas que eu gostei. Como disse
no começo, gostei do Legolas no filme, gostei das cenas de ação dele que me
deixaram de olhos brilhando. A cena de ação dos barris também foi muito bem
feita, assim como a das aranhas. E gostei bastante também da atuação do Lee
Pace como Thranduil, o rei da Floresta das Trevas. Ele tinha uma leveza, uma
certa graça enquanto conversava com o Thorin, e eu realmente adorei essa cena.
Infelizmente eu vi o filme dublado, e não posso falar da voz
do Benedict Cumberbatch na pele do dragão Smaug, mas eu gostei demais da cena
em que o Smaug aparece, achei que ele em si ficou muito bem feito, assim como
todo o lugar banhado em tesouro que ele protege.
Viram? Eu não reclamei de tudo (só da maior parte do filme)
hahaha, mas vamos ver como vai ser o próximo. Espero que fique bom e que dê uma
finalização legal para a obra, embora eu já não esteja tão animada assim.
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