Então, é sempre bom falar sobre um livro que a gente gosta. E eu gostei de Cidade das Cinzas. Talvez até mais do que Cidade dos Ossos. Na verdade, tenho certeza sobre isso. Além disso, devo dizer: Cassandra Clare tem o dom de criar personagens cativantes, envolventes e completamente únicos. É encantador.
Como disse na resenha de Cidade dos Ossos, Clare conseguiu misturar todos os mundos de uma forma extremamente normal. Lobisomens, Vampiros, Fadas, Mundanos, Caçadores das Sombras... Tudo encaixou perfeitamente bem, fazendo-nos imaginar que um mundo assim realmente possa existir. Fazendo com que o leitor se perca ainda mais nas aventuras de Clary, Jace, Simon e todos os outros. E em Cidade das Cinzas, essa harmonia foi maior ainda. Foi tudo sequencial. Teve ritmo. Simplesmente perfeito!
E a única coisa que tenho a reclamar, é sobre a revisão. Ou seja, nem culpa da própria autora é. Tiveram muitos erros bobos que atrapalharam um pouco a leitura, o entendimento. Estragando a fluidez em alguns momentos. Como por exemplo:
- Simon! - Clary tentou correr para a frente, mas Raphael a conteve.- Ela tentou se libertar, mas a mãe de Raphael parecia de aço.- Você não está vendo que ele precisa de ajuda?
Era um momento de tensão e tudo que consegui fazer foi rir. Por causa do mãe. Era para ser mão! E aí eu fiquei... Meio triste com a revisão. Só lembrando que esse não é um dos únicos erros. É um dos vários. Enfim!
O livro inicia com a invocação de um demônio chamado Agramon, o demônio do medo. Invocado por ninguém mais, ninguém menos que Valentim. Pai de Clary e Jace. E devo dizer que Valentim é um vilão e tanto. Afinal, na maior parte do tempo, ele demonstra não ter emoção/afeição alguma. Por nada nem ninguém. Apenas pela sede de poder. De destruição. Sendo assim, um ótimo personagem.
Obviamente, é preciso detê-lo. E para isso, os Caçadores das Sombras contam com a ajuda da Clave. Que mais atrapalhou do que ajudou, por causa de uma personagem chamada Imogen, mais conhecida como a Inquisidora, responsável por investigar os fatos e obter a verdade através da Espada da Alma, que foi, adivinhem! Roubada por Valentim.
A Imogen não possui muita afinidade com o Jace. Devido ao passado dela, que é sim triste. Contudo, não consegui sentir pena por ela. Assim como Alec, encontrava-me com raiva, por ela ter deixado tudo chegar onde chegou. E que mereceu o que se abateu sobre ela, que permitiu que a sua própria raiva, tristeza e frustração acabassem afetando toda a família Lightwood e o Submundo, inclusive Clary, Luke, Simon, Izzy e Maia.
Gostaria de dizer que a Maia é uma personagem nova que eu simplesmente adorei. No início, fiquei com o pé atrás. Achei que ela fosse apenas uma pessoa cheia de medo, por causa do passado. E incapaz de correr atrás do que deseja. Porém, não! Ela é decidida e apesar de licantrope, completamente humana. Com anseios, desejos e medos. É uma personagem incrível, sim! E espero que seja mais explorada no terceiro livro. Ainda mais por ela ter uma relação muito bacana com o Simon, que é o meu personagem favorito.
Alec olhou para ela e balançou a cabeça.- Como é que você consegue nunca ter lama em você? Isabelle encolheu os ombros filosoficamente.- Eu sou pura de coração. Isso repele a sujeira.Jace aspirou tão alto que ela se virou para ele com uma carranca. Ele balançou seus dedos untados de lama para ela. Suas unhas eram arcos negros.- Imundo por dentro e por fora.
Outro que me conquistou de jeito no segundo livro foi o Alec. Muitas vezes, ele foi imprescindível para a história. E quando ele e o Jace estão juntos, é implicância, sarcasmo e muita sensualidade. Impossível não gostar ainda mais dele no segundo livro. Fora que ele se mostrou bem esperto e atento. Talvez seja o fato de estar andando mais com o feiticeiro mais legal do pedaço, o Magnus Bane, que é cheio de estilo e completamente sagaz. Além de apaixonado!
No livro A Cidade das Cinzas, toda a família Lightwood teve uma participação maior. O pai, Robert Lightwood, apareceu pouco e ainda sim, se fez bastante presente. A mãe, foi fundamental. Bateu de frente com a Inquisidora, cometeu alguns erros e ainda sim, conseguiu me fazer gostar dela no final. A Izzy vem me conquistando aos poucos e Alec e Jace são praticamente meus já!
- Eu não sabia que você ia trazer o mundano. [...]- É disso que eu mais gosto em vocês - disse Simon.- Sempre fazem com que eu me sinta muito bem-vindo.
E como disse antes, Simon é o meu favorito. E nossa... Ele ganhou muito destaque nesse livro! Sinceramente, o que aconteceu com ele me deixou boquiaberta. E digo mais: já deu para ver que ele acordou. Resolveu amadurecer e ligar um pouco mais para os sentimentos dele, pensar no que é realmente melhor para o futuro dele. E tenho certeza que crescerá ainda mais (não digo isso só pelo fato da Gabriela ter me dito), mas a própria conversa dele com a Clary no final mostra isso. Então, só posso esperar por mais momentos incríveis vindos dele.
Toda vez que você quase morre, eu quase morro também.
E nossa, não tem como. Não consigo odiar nem amar a Clary. No entanto, quando ela está com o Jace, eu fico simplesmente louca de amor. Os dois são lindos juntos! E é óbvio que todo fã de "Instrumentos Mortais" espera por um momento em que os dois possam finalmente dizer: felizes para sempre. Aliás, devo dizer que prefiro ela longe do Simon. Ele merece um amor recíproco. E está mais do que na cara que o verdadeiro príncipe dela não é o Simon, por mais que ela tente, sabe? Ah, e no livro... Ela descobriu um poder a mais, assim como Jace. Foi legal eles se descobrindo. Vendo que possuem mais a oferecer.
Luke é outro personagem completamente carismático. Nossa, um "pai" e tanto. Protetor, engraçado, fofo e tudo de bom. Ele é apaixonante demais! Ai, é impossível não falar sobre como os personagens da Clare são perfeitos. Realmente não tenho o que reclamar sobre eles.
Talvez fosse verdade o que a rainha Seelie dissera, afinal: o amor transforma as pessoas em mentirosas.
Uma das minhas partes favoritas desse livro foi na Corte Seelie. Foi tudo muuuuuuuuuuito intrigante e eu realmente não esperava por nada do que aconteceu ali. Fez eu despertar de vez com o livro. Um dos capítulos mais perfeitos, pelo menos na minha opinião.
Assim, eu não sei se achei legal o desfecho do conflito entre os Caçadores das Sombras e o exército de Valentim, mas entendo que queria demonstrar mais os poderes da Clary acordando. Então realmente não tenho o que reclamar. O desenrolar foi bem legal e eu gosto muito da narração da Clare, que é bem direto ao ponto e mesmo sendo na terceira pessoa, faz eu me sentir na pele da personagem. Dentro da cabeça deles. O que é bem legal, já que eu não teria paciência para sempre estar nos pensamentos da Clare.
O que eu estou querendo dizer é: adorei! Continua ótimo e acho que não deveriam abandonar a série. O desenrolar foi fenomenal e o final, mais uma vez, nos deixou com um mistério na mão, dessa vez, envolvendo a mãe de Clary. Com certeza ainda tem muita água para rolar, envolvendo laços familiares, conflitos pessoais e lógico, um universo mágico. No momento, as fadas me conquistaram. Em seguida, os vampiros. Magníficos!
Espero que tenham gostado da resenha e que gostem do livro tanto quanto eu!
Excelente!!!!! |
Oi adorei.. muito obrigado, me fez se interessar pelo livro....mas vc já leu o livro reverso escrito pelo autor Darlei... se trata de um livro arrebatador...ele coloca em cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos.....e ainda inverte de forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos; Além de revelar verdades sobre Jesus jamais mencionados na história.....acesse o link da livraria cultura e digite reverso...a capa do livro é linda ela traz o universo de fundo..abraços. www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?
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